sexta-feira, 18 de junho de 2010

Me lavas, me salvas!

De um devaneio para outro devaneio. Saio da cama e me dirijo para a janela... Ainda tenho o desejo de que a chuva que lava aquelas calçadas lave a minha alma, não entendo porque o ácido que eu sinto percorrer meu corpo tantas vezes, não desgruda de mim estas malditas sanguessugas que me tiram a vida mansamente. Não entendo porque esse vento friolento que sopra em mim, me cambaleando, não deixa ceder, -ao chão fervorante do inferno, seu devido lugar- essa constante camada pesada sobre mim. Leva chuva! Leva meus males...
Já que minha ansiedade escorre pelos poros, já que estou crivada de ilusões, e sou julgada por sonhar!
Se não podes, Chuva, mandas com estas folhas empalecidas, esses lixos populares, e essas minhas lágrimas, o pedido de salvamento para alguém. Não posso ficar com isso, levas contigo e entregas para alguém, não posso abrir mão da vida, e se for isso, cesse agora! Não quero ir-me assim, aos poucos.
Sei que quando vivemos já começamos a morrer... mas eu já me sinto uma esponja de tanto que absorvi, pedes para alguém me torcer, porque eu ainda quero viver!

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