sábado, 12 de junho de 2010

Com toda minha força



Sem me importar com o tempo, agarrei-me fortemente ao colchão com o resto de unhas que a ansiedade tivera feito sumir, apertei contra o meu peito que parecia rasgar, na tentativa frustrada, de amenizar a intensidade que eu me desmanchava e, me livrar do frio no estomago.
Meus dentes rangiam enquanto eu abafava o choro, e aos poucos ia mergulhando, sem saber nadar, na memória angustiante, e começava a lembrar-me do teu semblante... Algo perfeito, que refletia a mim como razão pra tudo. Não poderias ter nem idéia do quanto eu te queria ali, ou em qualquer outro lugar, queria que, assim como nos meus contínuos sonhos, nossos corpos estivessem entrelaçados, prometidos a nunca se separarem, como nosso eterno amor.
Enquanto me afogava em saudade, começava a gritar, com toda a minha força, sem nem me importar que minha garganta estivesse rasgando, na tentativa de atravessar toda a distância, romper qualquer coisa que desfavorecesse nós dois, e gritei teu nome o quanto eu pude... E quando exausta, quando nem minha cabeça agüentava mais latejar, apenas dei termino as palavras com um murmúrio: ‘’ Eu amo você pra sempre ’’ . Mas só as palavras foram cessadas, porque eu te queria dizer mais, pedir-lhe mais, abusar-te mais, e lutar mais até nossos corpos se unirem e nunca mais se separarem. Queria repetir-lhe tudo o que já ouvirás de mim tantas vezes, queria-te pedir de novo a eternidade em teus braços, te re-afirmar que eu sou tua, e que foi prometido nossa união eterna.
E quando voltei a mim, percebi que teu peito não aquecia minhas costas, e a segurança do teu abraço não me confortava mais... Abracei-me e voltei a fechar os olhos, como de costume ao buscar socorro, e lá estava teu rosto, me transparecendo tranqüilidade, apenas voltei a ignorar a distancia e me pus a te repetir meus sonhos.

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